VINIL - SLEEVE (EX / EX). Edição original inglesa, shellac em 10”, 78 rpm, da Odeon Records. Registo muito, muito raro, usado e em excelente estado. Capa genérica da editora, conforme imagens.

A Orquestra de Dajos Béla foi uma das mais importantes orquestras da Música Ligeira e Dança do século XX. Desde os anos 20 até à década de 50 (os anos de ouro da Orquestra) gravou centenas de discos, na sua maioria em shellac de 78 rpm.
O seu mentor foi o maestro Leon Golzman nascido em Kiev em 1897 e falecido na Argentina em 1978. Dajos Béla foi pois o nome artístico adoptado, e, mesmo esse, com algumas variantes conforme o país receptor dos seus discos. Em Inglaterra o nome em destaque era Dajos Bela Dance Orchestra, no Brasil aparecia também como Orchestra de Artistas de Dajos Béla e em Portugal os discos importados da Odeon vinham apenas com a indicação Dajos Béla. Eram pois, na sua maioria, fabricados pela fábrica Odeon mas em Inglaterra surgem também edições da Parlophone e na Alemanha, na década de 20, aparecem pela etiqueta Beka. Nesta editora alemã a orquestra creditada não é a Dajos Bèla mas sim Kapelle Merton, ou, simplesmente Merton Orchestra. Já agora, outro pseudónimo artistico utilizado por Leon Golzman foi a de Sándor Jószi.
Em Portugal o nome Dajos Béla está associado a muitos temas gravados pela Orquestra creditados a autores portugueses, casos de Raul Ferrão, Wenceslau Pinto, Frederico de Freitas, Cruz e Sousa, Manuel Martins e Vicente Peinaldo. Provavelmente a composição mais divulgada foi a de Cruz e Sousa, “Feno de Portugal”, anos mais tarde aproveitada por uma marca de sabonetes. Ela serviu também como um dos temas de abertura da Rádio Clube de Benguela durante 37 anos (até à independência de Angola). O mesmo aconteceu em Portugal, num tempo mais curto, até ao encerramento em 1934 da Rádio de Lisboa (1924-1934), uma emissora situada na Rua António Augusto Aguiar e que utilizou essa gravação de êxito à época da Dajos Béla.

A1. Olhos Negros
B1. Olhos Verdes