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LIVRO (EX). Publicação original portuguesa do Autor / Edições Branco e Negro - Lisboa. Impresso na Bertrand (Irmãos) em capa mole a cores, (16.5x11.5 cm) e com 144 páginas, com várias ilustrações.
Este autor é um dos meus preferidos, um autor que me dá música, música aos olhos e não aos ouvidos! Quem nunca ouviu falar da “Gaiola Aberta” ou já viu algumas dessas revistas de humor picante e politicante num alfarrabista e até achou piada às ilustrações?...Pois, Vilhena não só escrevia (como este, existem mais uns 70 livros), como também ilustrava (frequentou mesmo as Belas Artes do Porto sem contudo acabar os estudos).
Iguais ao autor, nas décadas de 60 e 70, só existiram meia dúzia de nomes ligados sobretudo à música e entre eles estão, Artur Gonçalves, José Sampaio e, claro, Quim Barreiros. Para os mais novos, que já nasceram na década de 80, José Vilhena seria como o primeiro Gato Fedorento da história da televisão independente portuguesa! Na verdade na década de 60 só existia a RTP, e, claro, Vilhena enveredou por outros “canais” de informação da época, que para além de um certo protagonismo também lhe trouxe alguns dissabores. Foi mesmo o escritor nacional com mais livros publicados e censurados, o que lhe valeu por três vezes pernoitar nos calabouços da Pide. Por estas e por outras, ler ou reler hoje em dia estes pequenos livros, é o mesmo que dar música aos olhos.