Para a mostra comemorativa do centenário do nascimento de Amália Rodrigues organizada pelo Clube de Coleccionadores de Gaia e o Centro Comercial de Cedofeita, O Covil do Vinil cedeu parte do seu espólio discográfico e outro material afim, todo ele relacionado com a nossa Diva do Fado.
Um dos itens que estará patente ao público é um livro publicado em 1949, de autoria do realizador Leitão de Barros, “Como Eu Vi Castro Alves & Eugénia Câmara”, um livro profusamente ilustrado com imagens do filme luso-brasileiro “Vendaval Maravilhoso”, em que sobressai a nossa grande fadista Amália Rodrigues, actriz principal no papel de Eugénia Câmara.
Se recentemente, muita polémica houve em torno do clássico cinematográfico “E Tudo o Vento Levou”, pelo seu conteúdo racista e politicamente incorrecto para os dias de hoje, que dizer agora de “Vendaval Maravilhoso” e a sua abordagem ao tema da escravatura?... Na verdade o filme de Leitão de Barros levantou muita celeuma à época, com a censura do Estado Novo a fazer vários cortes, encurtando o filme em relação ao original brasileiro.
Mas mais que todas as vicissitudes que ficaram para a história desta obra cinematográfica, foi a presença de Amália Rodrigues no auge da popularidade como fadista e duma belíssima presença física, de que várias imagens do filme e aqui exibidas o comprovam.
Este e outros motivos aliciantes são pois um bom pretexto para apreciar esta iniciativa que estará patente ao público a partir de 18 de Julho até 31 de Outubro de 2020, no Centro Comercial de Cedofeita na cidade do Porto.
Texto de: Francisco J. Fonseca