Detalhes
VINIL - SLEEVE (EX- / EX-). Edição original portuguesa da Voz do Dono / Gramophone. Registo muito raro, usado e em excelente estado. Capa em embalagem patenteada, tipo sanduiche (à boa maneira brasileira).
Este EP é um dos mais controversos e amados registos de vinil, muito procurado pelos coleccionadores não só de discos de vinil, mas também da Guerra Colonial Portuguesa. Quando em Março de 1961 houve as primeiras investidas dos exércitos de libertação de Angola e os primeiros massacres, Portugal respondeu com o envio de mais tropas, mais investidas militares e outros tipos de propaganda escrita e falada. “Angola é Nossa” foi, por assim dizer, um dos melhores meios de difusão sonora para mostrar ao mundo que a Guerra Colonial não tinha fundamento, já que Angola era território português. Embora composta com a brevidade exigível, (com música de Duarte Pestana e letra de Santos Braga), o tema ganhou furores de popularidade, como se se tratasse mesmo dum novo Hino de Angola. Mérito também para a excelente interpretação do Coro e Orquestra da F.N.A.T. (Federação Nacional para a Alegria no Trabalho).
Em 1975, e, contra as melhores previsões, “Angola é Nossa” voltou a ser falada por outras razões (controversas de novo), pelos desenhos e ditos de Vilhena. Como sempre mordaz e acutilante, Vilhena ridicularizou na sua “Gaiola Aberta” a política desastrada da descolonização portuguesa em Angola por um dos principais mentores, o general Melo Antunes. Nas páginas centrais, (habitual poster desenhado pelo autor), surge o general com uma batuta nas mãos trauteando “Angola é Nossa! Angola é Nossa!” para os vários lideres dos movimentos africanos, como se de um coro de bons rapazes se tratasse.
A1. Angola é Nossa
A2. Caninha Verde
B1. Marcha do Trabalho
B2. Tia Anica de Loulé